Aos cinco meses de idade, tive paralisia infantil que me deixou
com sequelas nas pernas. Até os 15 anos, passei a infância em um semi-internato
para crianças com deficiência física em Jacarezinho (Paraná), onde aprendi a
viver em um mundo sem acessibilidade.
Fui casado por 10 anos, tenho um filho de 20 anos, mudei para São
Paulo, em 2005, e foi justamente nessa época que o esporte passou a fazer parte
da minha vida. Em São Bernardo do Campo, fiz amigos ao praticar basquete sobre
rodas, onde cheguei a disputar competições de esporte adaptado.
Desde então, o esporte foi um aliado para evitar a atrofia
muscular e foi quando praticava natação, em uma academia de Ribeirão Pires, que
conheci o jiu-jitsu, isto mais de três anos. “Um dia resolvi subir os três
andares da academia onde nadava para falar com o mestre Vagner Curió. Quis
saber se era possível adaptar aqueles golpes pra uma pessoa com deficiência,
pois queria praticar, e o mestre respondeu que o ‘jiu-jitsu é uma adaptação,
este foi o intuito do criador do jiu-jitsu brasileiro, então você pode adaptar
ao seu estilo. Seja bem-vindo”, desde então treino na mesma academia em
Ribeirão Pires, onde moro atualmente.
A partir deste dia, passei a ter o jiu-jitsu como uma nova
filosofia de vida e há dois anos comecei a competir em torneios para pessoas
sem deficiência. Participei de 17 campeonatos e recentemente Campeão Brasileiro
de Parajiu-jitsu e Campeão da V Etapa da Copa Prime do Rio Grande do Sul/RS
(Categoria Jiu Jitsu + (Pessoas com Deficiência) e 3º lugar na Categoria sem
Deficiência.
Estou me preparando para mais dois torneios a Copa Macaco Gold
Team (23/11) e o 1º Mundial de Parajiu-jitsu (29/11), para mim o maior desafio
é fazer do jiu-jitsu uma forma de inclusão social para crianças com
deficiência. “Desenvolvemos um trabalho de inclusão da pessoa com deficiência,
junto com minha esposa, na idealização e execução de projetos voltados para
este segmento e o esporte é uma das vertentes. Como percebi que o jiu-jitsu foi
criado para ‘abraçar’ a todos, decidi dar continuidade ao trabalho usando essa
‘arte’ para chamar a atenção. Quero levar esse esporte principalmente às
crianças com deficiência que ainda estão excluídas e, assim, ajudar a mostrar
que somos iguais diante das nossas diferenças”.
Por favor curtam a página do nosso guerreiro Waldir Ribeiro no facebook.
Frase da vez por Waldir Ribeiro
"Quero levar esse esporte principalmente às crianças com deficiência que ainda estão excluídas e, assim, ajudar a mostrar que somos iguais diante das nossas diferenças”.
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